quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mãe que se alimenta de Junk Food na gravidez estimula filho a fazer o mesmo depois

Estudo mostra que a resposta aos receptores opioides, produzidos quando comemos alimentos gordurosos, fica menos sensível nas crianças já expostas a este tipo de alimento. 

O exemplo da alimentação saudável tem grande influência no comportamento, mas pesquisadores descobriram uma razão científica para crianças que consomem muitos alimentos gordurosos à exemplo de suas mães. Comer junk food durante a gravidez leva à mudança no desenvolvimento dos receptores opioides no cérebro do bebê e provoca uma alteração permanentemente no caminho por onde este sistema opera depois do nascimento. Opioides são substâncias químicas produzidas quando comemos alimentos ricos em gordura ou açúcar, e são responsáveis por causar a produção de uma outra substância do prazer, a dopamina.

Um estudo que será apresentado no Encontro Anual da Sociedade para o Estudo do Comportamento Ingestivo, principal sobre hábitos alimentares. Os pesquisadores descobriram que o gene que codifica um dos principais opioides endógenos, a encefalina, se expressou num nível mais alto nos filhos de mães que consumiam junk food, o que reduziu a sensibilidade do opioide neles.

Esta diminuição da sensibilidade significa estes indivíduos teriam que comer mais e mais junk food para ter a mesma resposta de prazer, e isto pode tornar os bebês mais propensos a consumir alimentos com alto teor de gordura e açúcar.

“Os resultados deste estudo vão nos permitir informar melhor as mulheres grávidas sobre os efeitos da dieta no desenvolvimento da criança e mostrar qye suas preferências alimentares têm resultados positivos e negativos”, disse em nota a pesquisadora Jessica Gugusheff, do centro de pesquisa FoodPlus, da Universidade de Adelaide, na Austrália.

Matéria publicada em portal O Globo

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